Parte 2 — Fatos mais pessoais sobre
mim:
XXVI
—
Assim que eu nasci, eu fiz um som semelhante a um miado. Uma das enfermeiras
até disse para a minha mãe que ela não teve um menino, mas um gatinho. Pois é.
Isto não me impediu de levar umas tapinhas na bunda para chorar depois. A vida
não é fácil.
XXVII
—
Eu já fui muito magro. Magro de rosto chupado, mesmo. Não me achava bonito
nesta situação. Apesar de ter engordado um tanto e depois ter virado sedentário
e depois diabético, eu prefiro o meu visual um pouco mais cheio. Eu me achava
muito feio quando era magricela.
XXVIII
—
Meu prato favorito é lasanha.
XXIX —
Detesto jiló. Porque sim.
XXX —
Não sou vegetariano, ainda não, mas eu não tenho a menor dificuldade em não
consumir carne. Gosto do sabor da carne, mas não sou fissurado por comê-la em
todas as refeições.
XXXI
—
Não gosto de beijos com hálito de chiclete. Considero um tanto infantilizado,
na falta de uma palavra melhor. Com hálito doce, gosto de beijos com hálito de
bala tipo drops.
XXXII
—
Eu já quis ser gótico, mas logo descobri que não conseguiria levar o estilo
adiante. Mesmo assim, sou um apreciador da cultura gótica e também de sua
estética.
XXXIII
—
Raspo a cabeça desde os quinze anos, quando ainda não era moda. A primeira vez
se deu quando eu resolvi mexer no meu cabelo e o estraguei e tive de raspar.
Pensei que zombariam de mim, mas isto não aconteceu, e eu havia gostado do
resultado. Então usei esse visual como uma forma de me rebelar ao não me encaixar
esteticamente aos grupinhos na escola, e depois como uma simples questão de
gosto. Não pertenço ao grupo dos skinheads, como muitos devem ter pensado até
agora.
XXXIV —
Mas não mantive a cabeça raspada logo de primeira. Primeiro, depois de ter
raspado, deixei o cabelo crescer por um ano; ficou uma porcaria e desisti da
ideia. Eu me lembro de ter tentado mais um penteado antes de me render à cabeça
raspada. É tão bom não ter que arrumar o cabelo.
XXXV —
Meu gênero favorito de música é o rock, porém sou aberto a gostar de sons de
outros gêneros, desde que me agradem (por diferentes razões).
XXXVI —
Minhas bandas favoritas são Pink Floyd e Alice in Chains. Gosto muito de
canções com sonoridade hipnótica, e considero que ambas as bandas me proporcionam
experiências imersivas muito hipnóticas.
XXXVII
—
Meus gêneros favoritos no cinema são suspense, terror/horror e drama, assim
como nos livros. Meus filmes favoritos de terror são O Exorcista e O Bebê de
Rosemary (o primeiro pelo que mostra e o segundo pelo que não mostra). De drama
eu já não sei dizer quais são meus favoritos, pois sempre mudam. Um de meus
livros favoritos é IT, de Stephen King, que mistura os gêneros. Aliás, por
causa dos filmes de terror que eu assistia em demasia quando mais jovem, por
não ter muito dinheiro para variar nos filmes que eu alugava, eu tenho quase certeza
que meu pai pensava que eu deveria ter algum problema. (Risos)
XXXVIII
—
Atualmente, eu tenho dois cães de estimação: uma fêmea (Dachshund, ou
salsichinha) e um macho (um labrador, eu acho). Não tive cães ou gatos até o
início da minha vida adulta.
XXXIX —
Eu não choro com facilidade, mas quando o choro vem, vem de uma vez, numa
torrente emocional.
XLI —
Fui diagnosticado com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) aos vinte anos,
apesar de já ter se manifestado ao longo do meu desenvolvimento, desde a
infância. Não é fácil ter de lidar com isto, mas ainda consigo me controlar
razoavelmente bem sem ter de recorrer à medicação.
XLII —
Faço terapia desde 2011. A primeira durou pouco menos de três anos. Estou na
segunda terapia, iniciado em abril de 2017. Eu gosto. Tem me feito bem. Há quem
diga que fazemos terapia para ter de lidar com quem deveria fazer terapia e não
faz por pensar que é frescura. É claro que isto é uma fatia mínima do que é
fazer terapia, mas faz sentido.
XLIII
— Apesar
de eu ser conhecido por minha inteligência (apenas acima da média, nada
genial), às vezes eu gostaria de ser mais ordinário e simples; não um completo
ignorante simplista, mas alguém que não pensasse tanto o tempo todo e conseguisse
viver experiências aleatórias mais plenamente, sem maiores preocupações.
XLIV —
Dormir é o que eu mais amo fazer. É claro que eu tento não dormir em excesso e
perder meu dia. Gosto de dormir para recarregar as baterias e também como um
meio de relaxar quando estou com a cabeça muito cheia. Gosto de sonhar.
XLV —
Sobre meus sonhos, dois fatos em um: eu normalmente sonho com o cotidiano e
dificilmente tenho sonhos mais fantasiosos (costumo sonhar mais assim de olhos
abertos); e meus sonhos costumam ser lúcidos e quase sempre eu sei que estou
sonhando e consigo moldar meus sonhos à minha vontade.
XLVI —
Eu sou daquele tipo de pessoa que só sai de casa se tiver um bom motivo. A não
ser para fazer caminhadas (não frequentes, devo confessar) ou idas à praia para
tomar um bom banho de mar ou ainda ver pessoas que eu gosto, eu não gosto muito
de fazer saídas ou passeios aleatórios.
XLVII —
Meu maior trauma de infância aconteceu na noite do meu sexto aniversário, em
que eu me acidentei batendo minha cabeça, fui parar no hospital, vi um homem com a cabeça aberta no
pronto-socorro, voltei para casa, e na hora de cantar parabéns, um garoto
que minha avó costumava cuidar, aproveitando-se do meu atordoamento com toda
aquela situação, apagou a minha vela. Ele apagou minha vela! Isto me traumatizou
e não esqueço até hoje.
XLVIII —
Eu queria ter tido pelo menos um irmão com quem eu pudesse dividir minhas
coisas ou brigar pelo controle remoto ou pela vez em jogar videogame. Ser filho
único é muito solitário.
XLIX —
Apesar de muito incomodado com a solidão, eu gosto muito de ter meus momentos
mais sozinho, fazendo coisas por minha conta. É claro que eu gostaria de ter
boas companhias para fazer coisas legais juntos, mas como não tenho, tenho o hábito
de ter esses momentos comigo mesmo.
L —
Antes de ser escritor, eu já quis ser professor (gostava de brincar de escolinha),
veterinário e até detetive.
Fato
Extra: Dois tipos de piada me fazem rir bastante: as ruins
e as absurdas — não absurdas no sentido de reprováveis, mas de surreais,
inesperadas. Também gosto de fazer piadas autodepreciativas, pois rir de mim
mesmo torna a vida mais fácil de lidar. A vida pode ser dura, mas apesar dos
pesares, ainda vale a pena acordar para um novo dia e rir de cada nova
dificuldade superada.
Quero agradecer aos leitores que me acompanharam até aqui, e também aos novos leitores. Eu não escrevo apenas para mim, por isso agradeço aos retornos que tenho, suas mensagens, seus compartilhamentos. Gosto de deixar por escrito o pouco que sei sobre qualquer coisa, e espero que as mensagens aqui neste blog toquem seus corações como têm tocado o meu próprio ao escrevê-las. Muito mais vem por aí. Não percam!
Um forte abraço para todos.
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